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[Notícia] “O Livro das Princesas”, de Paula Pimenta

A Galera Record, anunciou, nesta terça-feira (05/03), a ilustração da Cinderela, responsável por abrir a história de Paula Pimenta para o livro "O Livro das Princesas". Os leitores-fãs também tiveram acesso ao nome que a autora escolheu para a parte que está sendo escrita por ela: "Princesa Pop".

O novo livro de Paula será dividido com Meg Cabot, Lauren Kate e Patrícia Barboza

“Princesa pop”, de Paula Pimenta, para
O Livro das Princesas - Cinderela 


[Novidade] Shooting My Life's Script


A Editora Gutenberg acaba de disponibilizar, em versão digital, a tradução do best-seller de Paula Pimenta para o inglês. 

O livro já está disponível nas seguintes lojas digitais: Apple iBookStore, Gato Sabido, Iba e Kobo. Para mais informações clique aqui e veja todas as informações disponibilizadas pelo grupo Autêntica. 

Shooting My Life's Script é o mais novo desafio de Paula e sua equipe e agora eles terão saber o verdadeiro significado da expressão "conquistar o mundo". Muito sucesso, galera!


[Entrevista] Paula Pimenta

A entrevistada do dia é a Paula Pimenta. Nós já conhecemos um pouco mais sobre ela e seus livros através da tag ''Conhecendo a autora'' (leia aqui) e, através dessa entrevista, vocês irão ter a oportunidade de conhecer ainda mais sobre ela e sua forma de pensar. 

Chega de enrolação! Vamos à entrevista:


1. No ano de 2012, você obteve muitas conquistas importantes na sua vida profissional. Você ainda tem alguma meta a ser conquistada? Quais os seus projetos para 2013? 

Minha meta é conquistar cada vez mais leitores e poder continuar a viver bem com a profissão de escritora, pois isso era apenas um sonho que se tornou realidade. Em 2013 vou lançar pelo menos três livros e eu estou ansiosa para saber se meus leitores vão gostar!

2. Você é daquelas mulheres que sempre sonharam em se casar e formar uma família, ou você foge um pouco dessa "tradição"?

Eu acho que o que é importante é o amor. Eu não sei viver sem estar apaixonada. Tenho quase sete anos de namoro, sou louca pelo meu namorado, mas nem tenho tempo pra pensar em casamento... Talvez algum dia a gente se case de repente, em Las Vegas! (Risos!) Agora sério, acho que o importante é o casal estar bem. A formalidade é o de menos.

3. Quando você foi publicar Fazendo meu filme, encontrou uma dificuldade em encontrar editoras que abraçassem o seu projeto. Por isso, queria saber o que você aconselharia para todos aqueles que estão começando agora e enfrentando os mesmos problemas que você teve vários anos atrás?

Acho que é preciso muita persistência, pois as editoras ainda são um pouco fechadas para autores iniciantes. Mas é importante ter paciência e não ficar de braços cruzados, esperando. Mande o livro para todas as editoras possíveis e tente fazer com que leiam. Minha maior dificuldade foi conseguir que alguma editora lesse o meu livro. A primeira que leu topou publicar.

4. A fama, provavelmente, lhe trouxe a oportunidade de conhecer uma pessoa famosa que você sempre teve vontade. Quem? Conte-nos como foi essa experiência.

Eu conheci o Maurício de Sousa e fiquei toda boba, sou muito fã dele desde a infância! No meu livro “Apaixonada por Palavras” eu até brinco em uma das crônicas que a minha primeira paixão foi pelo Cebolinha, pois eu era louca pelas historinhas da turma da Mônica! Na verdade, sou até hoje! E conhecer o criador dessa turma foi muito emocionante!

5. Quais os livros que você ganhou/comprou e pretende ler nas horas vagas? 

Estou com uma fila de mais de 20 livros para ler, mas como estou com a vida agitadíssima, ando lendo muito devagar, por pura falta de tempo... Atualmente estou lendo “Dividindo Mel”, da Iris Figueiredo, e em seguida vou ler “Procura-se um marido”, da Carina Rissi.

6. Como você encara uma fila de fãs que vieram de todos os cantos do Brasil simplesmente para te ver e ganhar um autografo? Percebo também que você autografa os seus livros com a cor da caneta de acordo com a capa... Isso se tornou um hábito?

A alegria de saber que alguém está ali enfrentando aquela fila enorme só pra falar comigo e ter o livro autografado me mantém abastecida e eu posso autografar por horas que não me canso. É muito gratificante esse contato direto com os leitores e é o carinho deles que me faz querer escrever cada vez mais.

O caso da caneta colorida começou já no lançamento de FMF 1. Tenho uma amiga de SP (oi, Dri!) que falou que eu tinha que autografar com uma caneta rosa, para combinar com a capa, e aí ela me deu uma de presente. Eu achei que ficou tão fofo o autógrafo cor de rosa que segui a tradição nos outros livros. Então o FMF 2 eu autografo de vermelho, FMF 3 de azul, FMF 4 de roxo, MVFS de verde... As pessoas já ficam esperando as canetas coloridas! 

7. Você acha que as Editoras brasileiras e os próprios leitores valorizam pouco o trabalho dos escritores nacionais? 

Acho que o preconceito com a literatura nacional está sendo quebrado aos poucos. Estão dando mais espaço para os bons autores que estão surgindo. Mas, acredito que muitas editoras ainda têm, sim, uma resistência em publicar um livro nacional, e eu até entendo um pouco a parte delas, pois é bem mais garantido simplesmente comprar os direitos e traduzir um livro que já tenha sido sucesso no exterior do que investir em um nacional que não seja garantia de boas vendas... O problema também é que quando um escritor daqui finalmente consegue ter o livro publicado, vem o público, que não “veste a camisa” dos autores nacionais e prefere comprar livros de autores estrangeiros... No entanto, lentamente estamos mudando isso, e espero que muitos leiam cada vez mais livros nacionais.

8. Você acha os seus livros em um preço bom ou se fossem mais baratos, teriam alcançado um número de vendas ainda maior? 

É o preço padrão para livros com o número de páginas e a qualidade que eles têm. Claro que venderia mais se fossem mais baratos, mas a maioria dos meus livros são grossos e isso aumenta o custo de produção deles. A editora tenta fixar o menor preço possível, mas também não pode ter prejuízo...

9. As capas do FMF estão perfeitas. Quem é o designer? Ele está nos seus planos para as capas de seus futuros livros?

Diogo Droschi. Sim, faço questão que o Diogo produza todas as capas dos meus livros da Gutenberg, ele é o melhor designer que eu já conheci na vida! Até brinco dizendo que vou contratá-lo para ser exclusivo dos meus livros, pois morro de ciúmes das outras capas dele! :)

Ping-pong:

Signo: Gêmeos
Cor: Rosa
Lugar: Disney
Filme: De repente 30
Música: Linger (The Cranberries)
Defeito: Perfeccionismo
Qualidade: Perfeccionismo
Escritor: Nick Bantock
Escritora: Meu Cabot
Deus: Está sempre comigo.
2013: Promete!

Não deixem de seguir a autora nas redes sociais: facebook - twitter

[Resenha] Apaixonada por palavras

Título: Apaixonada Por Palavras
Autor(a): Paula Pimenta
Editora: Gutenberg
Páginas: 160

Classificação: 5/5
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Antes de começar esse blog, eu não tinha gosto por livros de Crônicas. Mas de um tempo para cá, aceitei o desafio de começar a ler alguns e hoje posso afirmar com todas as letras: Se o autor for bom e souber expor suas ideias e pensamentos, através das palavras, não importa o "modelo" do livro. 

No livro "Apaixonada por palavras" de Paula Pimenta, a autora reuniu 55 crônicas escritas entre os anos de 2000 - 2009. Engana-se quem pensa que nesse livro só encontrará crônicas de amor, pois ela também fala de assuntos que fazem cada vez mais parte de nosso dia a dia de maneira simples e leve, mas que faz com que a gente reflita sobre tudo aquilo que está acontecendo ao nosso redor. 

Neste livro, narrado em primeira pessoa e em que a própria Paula é a personagem principal, nós podemos perceber o amadurecimento da autora.. Uma leitura rápida, muito gostosa e com palavras fáceis. Quando você assustar, já leu 10, 20 crônicas e nem percebeu, pois a maneira em que a autora expõe suas ideias e seus pensamentos é tão cativante que a frase "parar de ler" não faz mais parte de você. Acho isso incrível nos autores que conseguem despertar em mim essa sensação e, como já era de se esperar, Paula arrebentou mais uma vez, me fazendo ficar cada vez mais apaixonado por palavras e pela sua forma de pensar e escrever. 

Paula também cita, em sua crônica título, exatamente aquilo que sentimos ao terminarmos o livro: "É indescritível a sensação de ler um texto e me identificar totalmente com as palavras do escritor. É como se ele tivesse roubado a ideia que eu ainda não havia tido, mas que já existia em mim". 

Agora eu lhes pergunto: Como não se apaixonar ou não se tornar - ainda mais - apaixonado por palavras? Acredito eu que isso seja totalmente impossível após ler esse livro. Uma das coisas mais gostosas de tudo é perceber que ainda vale a pena acreditar nos autores brasileiros e saber que a nossa literatura está muito bem servida. 

Um muito obrigado a Paula e todos aqueles que estão envolvidos, direta ou indiretamente, na realização desse projeto. Simplesmente maravilhoso!

Como falar com Paula?
E-mail: fazendomeufilme@gmail.com


Não deixe de comentar, por favor!

[Conhecendo a autora] Paula Pimenta


Paula Pimenta nasceu em Belo Horizonte - Minas Gerais. Estudou em várias escolas e suas matérias preferidas eram Português (claro!!) e Inglês. Não chegando a gostar de Matemática, Química e Física pois - segundo ela - era uma negação!

Desde pequena adorava cantar e o seu primeiro instrumento foi um Piano, mas aos 15 anos, conheceu o Violão e foi paixão a primeira vista. Segundo ela tocar violão é muito gostoso, pois anima qualquer lugar que está e tem sempre um grupinho de pessoas em volta.

Após terminar o terceiro ano do Ensino Médio, começou o curso de Jornalismo, mas por não poder colocar emoção em seus textos   acabou percebendo que não era aquilo que realmente queria. Acabou se formando em Publicidade pela PUC-Minas (nessa época passou a levar a leitra apenas como um hobbie). Como publicitária trabalhou na Rede Minas, como produtora do programa Brasil das Gerais e como assessora de marketing no Minascentro. Estudou também Música na UEMG, deu aulas de violão e técnica vocal por vários anos e também é compositora. (assista a Paula cantando e tocando). 


CONFISSÃO:

O primeiro livro da Paula Escritora foi um livro de Poesia chamado "Confissão" e foi publicado no ano de 2001 pela Editora Canônica (atualmente se encontra esgotado). 


FAZENDO MEU FILME 1:
Após retornar para o Brasil no final do ano de 2005, em 2006 ela começou a procurar editoras para publicar o seu segundo livro, que foi escrito em 8 meses... Passou por duas e não deram certo (uma disse que ficaria por 15.000 a publicação e a outra não acreditava na possibilidade de adolescentes lerem um livro grande), até que o Grupo Autêntica, após ouvirem a palavra "intercâmbio", se interessaram em ler o livro, pois segundo eles, tinham dados que os jovens brasileiros tinham muita vontade fazer intercâmbio... Eles leram o livro e em uma semana ligaram para a Paula dizendo: "Olha, nós já temos um cronograma de publicação que deve ser seguido e nós podemos publicá-lo no primeiro semestre de 2007, quer?" e sem nem pensar duas vezes, ela aceitou a proposta. Porém o livro foi publicado apenas no final do ano de 2008 e foi aí que a primeira edição do livro foi lançada (com rolos de filme de Cinema). A primeira edição se esgotou pois ela própria mandava  o livro para blogs literários e oferecia para as escolas... E depois com o "boca-a-boca", toda os exemplares da primeira edição foram vendidos.

*Houve uma mudança de capa da primeira para a segunda edição, pois as livrarias estavam achando que pela primeira capa ter uns rolos de filme e pelo nome, era um livro ensinando a como fazer um filme (o que não é verdade) e foi a partir dessa ideia que a editora resolveu publicar a segunda edição com uma capa mais adolescente. A segunda edição foi lançada junto com o lançamento do "Fazendo Meu Filme 2" e todos eles passaram a ter subtítulos.

  



FAZENDO MEU FILME 2:
Após o sucesso do primeiro livro, os leitores mandaram diversos e-mails para a escritora pedindo a continuação da série e ela apenas pedia para que eles enviassem aquilo para o e-mail da editora. E após receber vários e-mails, a Editora liberou para que a Paula escrevesse a continuação da história e ela levou apenas 3 meses para finalizar o segundo livro da série. E claro, todos aqueles que adquiriram o primeiro exemplar, fizeram questão de comprar o segundo, fazendo com que o 2° livro também fosse um grande sucesso.

FAZENDO MEU FILME 3:
O terceiro livro da série demorou 5 meses para ser escrito e deu um pouco mais de trabalho do que os 2 anteriores, pois era um  livro maior e muito mais intenso. Ao todo, acabaram sendo 11 meses de diferença do 2° livro para o terceiro. Mas, assim que lançado, também houve um número grande de vendas e se tornou um grande sucesso sucesso (assim como os dois anteriores). 



MINHA VIDA FORA DE SÉRIE 1:
Para que os leitores e a autora não sentissem falta dos personagens após a saga terminar, a autora e o Grupo Autêntica resolveram lançar o "Minha vida fora de série" antes do "Fazendo meu filme 4" pois assim ninguém iria se sentir "órfão" dos personagens após terminar a série, já que através desse novo projeto, ela teria como dar notícias dos personagens que compunha a série do Fazendo Meu Filme. E, com isso, acabou tendo um pequeno atraso no lançamento do FMF4, mas por um bom motivo, né gente?? (assista o video da autora explicando).

"O minha vida fora de série, vou dar continuidade. Uma série inicialmente de pelo menos 4 livros. O fazendo meu filme era de 3 e virou 4, então digo inicialmente, pois pode que ser que cresça um pouquinho mais, mas eu tenho ideia para 4 livros (...) Quando eu estava escrevendo meu filme 3, quando eu ia começar, que eu tive a ideia para o minha vida fora de série, porque ia acabar a história e eu estava triste que o Fazendo Meu Filme estava quase no fim e eu não gosto de séries muito longas e então eu resolvi que iria continuar com os personagens por perto, mas com uma história completamente diferente... Para não ficar com muita saudades deles eu criei a Minha Vida Fora de Série. " - Afirmou Paula Pimenta na Bienal de São Paulo (10/08/2012)



FAZENDO MEU FILME 4:
Após a escritora terminar os livros anteriores, ela ganhou uma viagem da Editora para Los Angeles, para que ela pudesse conhecer pessoalmente cada lugar que a Fani iria passar no último livro da série e isso, acredito eu, foi fundamental para o sucesso do 4° livro, pois ela escreveu com muita propriedade daquilo que estava falando. (veja as fotos da viagem)

Além disso, esse livro é um dos favoritos da escritora, porque além de ser o último livro da série, também trás um certo tipo de realização, já que ela conseguiu escrever o melhor final feliz possível para a nossa querida Estefânia Fani.

APAIXONADA POR PALAVRAS:
Em Outubro do ano de 2012, a escritora Paula Pimenta, resolveu publicar um livro diferente de tudo aquilo que seus leitores conheciam: um livro de Crônicas. Nesse livro ela reuniu tudo aquilo que tinha escrito durante anos.

"Um livro de crônica é escrito na primeira pessoa e conta um fato sobre o nosso ponto de vista (...) E eu acabo me expondo um pouco mais do que se fossem as minhas personagens" - disse Paula Pimenta ao analisar seu livro mais recente.

DIÁRIO DA FANI:
Esse foi um dos últimos projetos de Paula e sua Editora, porém, como já foi dito por ela, o Diário da Fani não é um livro, muito menos a continuação da série FMF (apesar de ter um capítulo extra)... Ela é uma agenda para vocês, meninas, usarem no ano de 2013. 

Para esclarecer e tirar todas as dúvidas, a autora gravou um vídeo falando sobre e mostrando cada detalhe da agenda, que poderá ser usada por você na escola (ou em qualquer outro lugar). 



Espero que vocês tenham gostado, pois tentei apresentar da melhor maneira possível, um pouco sobre a Paula Pimenta e seus projetos. Ah, não deixem de seguir a autora nas redes sociais: twitter - facebook.

[Crônica] À distancia

Quem nunca namorou de longe, não vai conseguir entender metade do que eu vou escrever nessa crônica, porque só quem já passou por essa experiência sabe o quanto ela é difícil. Mesmo assim vou tentar explicar, para todas as vezes que vocês se depararem com alguém reclamando da ausência do namorado, não começarem com as manjadas frases que não fazem nada pela pessoa solitária: “Ah, mas pelo menos quando vocês se encontram tudo é festa, nem tem tempo pra brigar.” Ou: “O tempo está passando rapidinho, logo o próximo feriado chega.” Ou ainda: “É bom que no período que ele está longe você pode curtir com os amigos.”

Só quem namora à distância sabe o quanto essas frases são mentirosas. O tempo não está passando rapidinho, pode até passar pra quem está com o namorado do lado, podendo ir com ele ao cinema em plena quarta-feira, mas pra quem conta cada dia para o próximo encontro, o tempo custa a passar. Chega o Natal, mas não chega o fim-de-semana. E quando finalmente ele chega, aí sim, o tempo voa. E lá vamos nós, voltar para a contagem regressiva até a próxima vez.

Quem namora (não só à distância) sabe que sair com os amigos quando se tem namorado não é nem de longe tão divertido quanto sair com os amigos na condição de solteira. Primeiro, porque os amigos se dividem em dois grupos: solteiros e casais. Os solteiros geralmente saem para paquerar. E os casais não querem saber de vela (a não ser que sejam outros casais). Ou seja: quem namora e não tem o namorado por perto é um pária da sociedade, um excluído. Eu, por exemplo, não gosto de segurar vela. E nem acho graça (e nem acho lícito) paquerar outras pessoas. Acabo então, na maioria das vezes, indo só ao cinema, onde não têm apenas casais e a paquera não é obrigatória, mas isso acaba agravando a saudade, porque cinema é o lugar onde namorado mais faz falta, seja pra dividir a pipoca, os beijos ou as opiniões depois que o filme terminar.

Só quem tem que namorar pelo telefone sabe que essa história de ter menos brigas por causa da distância é pura ilusão de quem nunca passou por essa situação. A quilometragem que separa um casal é diretamente proporcional à quantidade de ciúme. Você, toda bem intencionada, confia no seu namorado, acredita que ele está lá tomando um choppinho com os amigos e sentindo tanto a sua falta quando você está dele. Até que chega a sua amiga e te diz que ele, com certeza, está na gandaia, que é pra você abrir o olho. Vem o cara que te paquera no barzinho (naquela tentativa que você fez de sair com a amiga solteira) e te pergunta – quando você diz pra ele cair fora porque é comprometida – se você sabe o que o seu namorado está fazendo naquele minuto. Chega o seu amigo que já passou por essa situação e manda você fazer marcação cerrada, porque homem é tudo igual e quando bebe esquece do estado-civil. É difícil, depois desse bombardeio, a confiança ficar intacta, ainda mais se você telefona pra provar que todo mundo está enganado e o celular dele cai na caixa-postal... Acabamos gastando o precioso tempo dos encontros discutindo a relação enquanto poderíamos estar repondo o tempo perdido.

Quem passa a maioria dos dias longe do namorado sabe como é chata a condição de se ter que ir embora bem na melhor parte. Porque é assim: depois de separados por um período, não é a mesma coisa se encontrar como se vocês tivessem se visto na noite anterior. O reconhecimento demanda um tempo. Você estranha a pessoa um pouco. Vários pensamentos vêm à cabeça: “Que blusa nova é essa?”, “Da última vez ele não estava de cavanhaque.”, “Quem são esses amigos que eu não conheço?”, “Que gíria diferente é essa que ele aprendeu a usar?” Coisinhas bobas, que quem convive no dia-a-dia não tem que passar, pois sabe de quem ele pegou a gíria, acompanhou o crescimento do cavanhaque, ajudou ele a comprar a blusa, viu ele fazer a nova amizade. Você demora um tempinho, mas acaba se acostumando e até gostando das novidades. Então, bem nesse momento, você olha o calendário e vê que já vai embora amanhã. No próximo encontro outras novidades terão tomado lugar dessas que você já conhece e lá vai você passar por outra adaptação.

Só quem namora à distância sabe o quanto é difícil uma despedida. Ele pode viajar por apenas três dias. Se vocês estivessem na mesma cidade, poderia ser até que nem se encontrassem nesse período, mas pelo menos vocês tinham a certeza de estar ali, a poucos minutos de distância. Mas basta que ele feche a mala que o seu coração se fecha também... é que os momentos passados juntos são tão valiosos que dá medo se separar. Medo do avião, do ônibus, da estrada, do destino.

Quem passa a maioria dos dias sem o namorado perto sabe como é fria a cama na segunda-feira posterior a um fim de semana passado juntos. Dá uma tristeza sem fim olhar para o lado e deparar com aquele espaço imenso que ele deixou. Só resta abraçar o bicho de pelúcia que ele te deu e sonhar com o próximo encontro, torcendo para que ele venha logo e dure mais.

Só quem namora assim, de longe, sabe que mesmo com todas essas dificuldades, o amor compensa. Porque quando o namorado chega, o mundo fica mais colorido. Os poucos momentos são tão intensos que se estocam na memória, nos abastecendo até a próxima dose. E só quem namora desse jeito sabe o quanto é bom ter a esperança de que um dia aquela distância encurtará de vez e os encontros não terão prazo, necessidade e nem vontade de acabar...



Crônica de Paula Pimenta para o site Crônica do Dia!